O
pensamento político contemporâneo não seria possível sem Michel Foucault e
Hanna Arendt.
Nascida
em 1906, na Alemanha, mas de origem judaica, estudou filosofia na Universidade
de Marburg. Conheceu Heiddegger e, ainda que ele tenha a influenciado, ela não
se via como uma filósofa, mas sim como uma cientista política. Arendt viveu na
Alemanha na época em que o nazismo se estabeleceu, sofreu como todos os judeus
e saiu do país em 1933 e foi para França. Devido a invasão dos alemães a
França, ela foi enviada para um campo de concentração, mas logo fugiu e foi
para Nova York, se tornou jornalista e depois professora na New School of
Social Research. Tornou-se um dos maiores nomes do pensamento político
contemporâneo por seus estudos sobre os regimes totalitários, foi a primeira a
escrever sobre o Terceiro Reich sob a perspectiva da civilização ocidental, que
fez com que ela fosse muito criticada e acusada de não amar o povo judeu.
Hanna
observou duas características da sociedade de massa: a superioridade e
superfluidade, quanto mais superficial uma pessoa fosse, ela terá mais
probabilidade de ceder ao mal. Ele tentou compreender a banalidade do mal. Para essa pensadora o mal é banal, não é
comum, apesar de ser vivenciado como se fosse, é extremo e não tem profundidade
exatamente por isso se espalha rapidamente na massa dos cidadãos que não
refletem e acabam por não dar significação aos próprios atos. O mal teria
tornado os humanos supérfluos.
Suas principais
ideias e contribuição para filosofia foram teorias sobre: O totalitarismo; poder;
ideologias; terror; mobilização das massas; dominação; Purificação da raça; Caso
Eichmann e Banalidade do Mal.
Michel Foucault
Se formou
em psicologia e filosofia e transformou-se num dos maiores pensadores da
pós-modernidade. Tratou das tecnologias, bombardeio de informações, consumo
(geralmente exagerado), predomínio da imagem, falta de sentido da vida fora do
consumo. Todas essas coisas causam o esvaziamento da vida fora do consumo.
Foucault
estudou a relação de poder e a vida das pessoas. Pensou o poder muito além do
âmbito estatal, dentro da escola, do hospital, do exército, manicômios,
hospitais psiquiátricos etc. Para esse pensador, o poder não é exercido a
partir de uma única fonte controladora, mas em várias direções, o tempo todo,
todos os dias, em vários níveis, permeando toda sociedade, e se espalhando completamente
pelo tecido social.
Deste modo
o poder se tornaria algo negativo que acaba oprimindo e também algo produtivo,
que produz saberes, mas para manter e perpetuar as próprias relações de poder.
De modo que saber e poder estão intimamente relacionados.
Uma ideia
importante trabalhada por Foucault é a do biopoder e biopolítica, que para ele
seria um termo para a ação do Estado sobre o indivíduo que disciplina e torna o
corpo produtivo e dócil. É um tipo de poder que normaliza, pois determina os
modos de vida que alguém terá, vivendo em sociedade. Um tipo de mecanismo de
controle. A biopolítica seria a transformação da atividade política numa ação
de governo sobre a vida biológica dos indivíduos ou populações. Na verdade, Biopolítica
seria um fenômeno ou uma serie de fenômenos um tipo de cálculo que o governo
faz e determina como as pessoas devem viver, como se comportam e em que instituições
são obrigadas a participar (como a escola, etc.). Esse pensador também
pesquisou prisões, controle social e outras questões que veremos posteriormente
em outros textos.
Suas
contribuições para o pensamento ficaram com ideias sobre: Totalitarismo; poder;
disseminação; rede; disciplina ou instituições disciplinares; biopoder; biopolítica
entre outras.
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Pierre Logan: Formando em direito com inclinações filosóficas e licenciando em filosofia. Foi líder da banda Estado Mental, gravou o disco “A separação dos tempos” (2010). Atualmente, em sua carreira solo, lançou o disco Pierre Logan: Crônicas de um mundo moderno (2015), cuja proposta (rock filosófico) o deixou na vanguarda dos roqueiros mais promissores da nova leva da cena independente. Atualmente mora em São Paulo e também é colunista do jornal SP em notícias, publicou vários artigos sobre política e filosofia. Mais informações acesse o site oficial
Muito Bom!!!!
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