Francis Bacon (1561-1626) nasceu em Londres, foi um político, filósofo empirista, cientista inglês etc., e antes que você compare com nossos políticos brasileiros saiba que ele foi condenado por corrupção (pensa que é só aqui nas terras tupis, amiguinho(a)?). Tirando essa parte ruim, ele foi um verdadeiro gênio e é considerado um dos pais fundadores da Revolução Científica. Alguns dizem que Bacon era o verdadeiro escritor por trás do suposto pseudônimo Shakespeare.
Para Bacon, a ciência deveria ser utilizada para o bem da humanidade (na verdade ele queria que o homem dominasse a natureza) o que chamou de imperium hominis (império do homem). Em suas investigações, ocupou-se especialmente da metodologia científica e do empirismo, foi aclamado muitas vezes como o “fundador da ciência moderna”. Sua principal obra filosófica é o novum organum.
Se para muitos a filosofia é algo para ficar divagando, contando nuvens em formato de pokémon, para Bacon é também algo prático. Saber é poder. Temos, segundo ele, que nos livrar de uma série de preconceitos para podermos alcançar resultados de verdade. Ele chamava esses preconceitos de ídolos.
Essas falsas noções (ídolos) são responsáveis pelos erros cometidos pela ciência, ou melhor, pelos homens que fazem ciência. Os ídolos foram classificados em quatro grupos:
1 ÍDOLO DA TRIBO (idola tribus): Erros causados pela própria natureza humana, para Bacon o fato de sermos humanos nos torna tendenciosos a aceitarmos o que nos é favorável e omitirmos o que não é (puxamos a sardinha para o nosso lado). Com isso desfiguramos a realidade para atender aos nossos caprichos. Tribo aqui tem o sentido de “humanidade”, ou seja, nossa tribu, cara pálida.
2 ÍDOLOS DA CAVERNA ( idola Specus): Já ouviu falar que cada cabeça é um mundo? Então, para Bacon cada cabeça é uma caverna. Cada um de nós é nossa própria caverna que interpreta e distorce a luz particular. Os ídolos da caverna nos prende em uma zona de conforto de entendimentos, preconceitos e singularidades. Somos nós mesmos nos prendendo aos grilhões de nossa própria caverna.
3 ÍDOLOS DO FORO (Idola Fori): Você pode chamar de “ídolos de foro” ou “ídolos do mercado” (Bacon não se incomoda). Esses são os mais terríveis e perturbadores, meu amigo(a). Essas se alojam no nosso intelecto por palavras. De acordo com a teoria baconiana as palavras podem estar impregnadas de distorção e erros (uma mais que outras) e nem mesmo definições ou redefinições poderiam nos ajudar.
4) ÍDOLOS DO TEATRO (Idola Theatri): São os falsos conceitos, ideologias, essas produzidas por engendramentos filosóficos, teológicos, políticos e científicos e religiosos. Lembre-se que na época de Bacon ainda predominava a ideia de que os livros da antiguidade e os livros sagrados eram considerados fonte de todo o conhecimento verdadeiro. Caso você discordasse poderia ser convidado a ser queimado em uma fogueira. E você aí, filósofo Nutella, com medo de ser “cancelado”.
Tens umas tretas entre ele, Aristóteles e forçando bem a barra com Descartes, mas isso ficará para outro texto. Vou tomar um cafezinho aqui e depois falamos mais sobre filosofia. Beleza? Me procure nas redes sociais e me diga se a foto dele não parece com nosso ídolo Raul Seixas (hahahaha).
(Eu sou José Jadiel de Andrade, meus pais acharam esse nome grande pequeno demais para mim, então me arrumaram um menor que é suficientemente grande – Pierre Logan. Sou advogado, portanto formado em Direito (óbvio), Pós graduado em Direito Penal e Perícia criminal. Também sou licenciado em filosofia). Procura meu Instagram aí @PierreLogan. Avante, galera bonita!)
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