Arístocles,
mais conhecido como Platão, nasceu em Antenas no seio de uma família
aristocrática de políticos reconhecidos, é tido como o pai da filosofia
política e sem dúvida um dos maiores pensadores do mundo ocidental. Tornou-se
aluno de Sócrates (470 a.C.) e posteriormente fundou a Academia, uma escola de
filosofia, e escreveu mais de vinte diálogos.
Suas
principais contribuições para filosofia foram A Teoria das Ideias, A Teoria da Reminiscência, a Teoria das Três Partes
da Alma e os Graus do Conhecimento. Essas são basicamente as principais
formulações teóricas que fazem parte do sistema epistemológico platônico.
Um dos
seus mais famosos escritos é A República
(politeia), que significa
“organização da cidade” que foi escrito em 373 a.C. divido em dez capítulos. Neste
diálogo Platão reflete sobre como deveria ser constituída uma cidade justa.
Dentre
as várias ideias tratadas nessa obra, para a filosofia política é interessante
destacar os livros VIII e IX, onde Platão analisa as diversas formas de
governo, por exemplo, a Aristocracia (areté) ou virtude; é o governo dos mais
virtuosos, dos melhores, mais adequados, mais capazes.
Timocracia que seria um governo baseado no conhecimento, na honra,
no prestígio, no status social.
Oligarquia,
um governo de poucos, tendo a riqueza como bem supremo (também conhecido
como plutocracia), em outras palavras, aqueles que possuem mais bens, os que
são mais ricos deveriam governar.
Democracia
que também é entendida como demagogia, ou uma liberdade excessiva, feito para
agradar o povo com decisões que levam ao desgoverno e também tratou da tirania que ocorreria quando a
excessiva liberdade poderia fazer com que algum indivíduo ganancioso tomasse o
governo legislasse apenas em benefício próprio.
Para esse
filósofo das formas de governos supracitadas a melhor é a aristocracia (porque
imita a forma do bem) e a pior é a tirania (que é injusto porque as pessoas não
estão nos seus lugares adequados).
ARISTÓTELES (384 a.C.)
Filho do
médico Nicômaco, Aristóteles foi aluno de Platão. Depois da morte de seu
mestre, fundou a escola de filosofia o Liceu, onde seus alunos se chamam
peripatético (aqueles que aprendem enquanto caminham). Aristóteles é também
conhecido como o pai da biologia, da lógica, da pedagogia e de tantas outras
ciências. Aristóteles também foi professor de Alexandre o Grande (356 a 323
a.C.).
Sua
reflexão política desenvolveu-se quando questionou os motivos para os seres
humanos se organizarem em comunidades. De acordo com o pensador, a necessidade
de reprodução e proteção fez com que surgissem os primeiros modelos de família.
Com o tempo as famílias necessitaram se juntar, surgiram então as Vilas,
comunidades, cidades etc. Para esse filósofo, não bastava nascer na cidade ou
ser filho de um cidadão para ser um cidadão, para ser considerado assim o
indivíduo deveria participar da vida política da cidade.
Aristóteles
fez uma divisão entre os diversos tipos de governos, por exemplo, Monarquia: um homem só (busca de um bem
comum) ou Tirania (busca de interesses
próprios); Aristocracia: poucos
homens governando (um grupo de pessoas virtuosas) ou Oligarquia, poucos homens governam, mas em benefício de seus
próprios interesses. Politia ou
Politéia: muitos homens governam visando sempre o bem comum, onde cidadão
se alteram no governo e a Democracia: a
maioria da população participa da política. Para ele existem os governos que
buscam o bem da comunidade e aqueles que são degenerados, que só buscam seus
próprios interesses.
Temos,
portanto, a divisão aristotélica de formas de governo:
Quando
virtuosa
|
Quando
corrompidas
|
Monarquia
|
Tirania
|
Aristocracia
|
Oligarquia
|
Politia
|
Democracia
|
Para
Aristóteles a forma de governo ideal é a monarquia:
“A monarquia
é, na nossa opinião, um dos melhores regimes. Contudo, é preciso examinar se é
preferível, para um país e para um povo que queiram ser bem governados, ter ou
não um rei, se não há um sistema mais interessante ou se a monarquia, sendo boa
para uns, não seria má para outros. O governo é o exercício do poder supremo do
Estado. Este poder só poderia estar ou nas mãos de um só, ou da minoria, ou da
maioria das pessoas. Quando o monarca, a minoria ou a maioria não buscam, uns
aos outros, senão a felicidade geral, o governo é necessariamente justo. Mas,
se ele visa ao interesse particular do príncipe ou dos outros chefes, há um
desvio. O interesse deve ser comum a todos ou, se não o for, não são mais
cidadãos. ” (ARISTÓTELES, 1998, p. 151).
Como se pode notar
Aristóteles é realista, pois tem uma visão menos idealizada que a de Platão.
Defende que qualquer governo deveria pensar no bem comum, colocando os
interesses particulares de lado.
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Pierre Logan: Formando em direito com inclinações filosóficas e licenciando em filosofia. Foi líder da banda Estado Mental, gravou o disco “A separação dos tempos” (2010). Atualmente, em sua carreira solo, lançou o disco Pierre Logan: Crônicas de um mundo moderno (2015), cuja proposta (rock filosófico) o deixou na vanguarda dos roqueiros mais promissores da nova leva da cena independente. Atualmente mora em São Paulo e também é colunista do jornal SP em notícias, publicou vários artigos sobre política e filosofia. Mais informações acesse o site oficial
Amei o contexto muito bom🤗😗
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