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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO


Entendemos Tecnologia da informação (TI) como sendo o conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos de computação que visa a produção, o armazenamento, a transmissão, o acesso, a segurança e o uso da informação. São tantas aplicações e em tantas áreas diferentes que não se tem uma definição capaz de conceituá-la por completo, sendo assim, cada área entende e define de uma forma.

A era industrial, como sabemos, foi caracterizada pelo modelo fordista de produção em massa: a divisão do trabalho, padronização e simplificação foram características emblemáticas desse modelo. Hoje, notamos que há o desenvolvimento de um novo modelo de sociedade cujo valor central é o conhecimento, onde a tecnologia apresenta-se como sendo a detentora do principal papel nesse processo. Alguns autores como Pierre Levy, Don Tapscott, Manuel Castels entre outros, têm se preocupado e buscado desenvolver maior compreensão sobre este modelo de sociedade.

Podemos dizer, grosso modo, que informações são; dados ou conjunto de dados que quando colocados dentro de determinado contexto podem ser interpretados por um receptor e transformados em conhecimento. 



DADOS    → INFORMAÇÃOCONHECIMENTO


Em outras palavras, dados podem ser entendidos como elementos basilares que constituem a informação. O homem usa essa informação e, mediante sua capacidade criativa, dá utilidade a ela.  Alguns utilizam o temo information literacy (alfabetização da informação).

De acordo com Pierre Levy não é suficiente que as informações estejam disponíveis, para conhecer devemos acionar nossa capacidade cognitiva de perceber (quando notamos rapidamente um objeto ou uma situação sem recorrer a dedução consciente), imaginar (Simular mentalmente uma situação, antecipar mentalmente algo etc.) e manipular (Capacidade que o ser humano tem de modificar, manusear, utilizar, mapear do modo que melhor lhe aprouver as coisas da natureza).

PERCEBER + IMAGINAR + MANIPULAR = CONHECER


O VIRTUAL E O CIBERESPAÇO

A palavra virtual vem do latim vitualis que veio de virtu que significa força ou potência. Na filosofia Medieval, mais especificamente no período da escolástica, o virtual significava aquilo que existe em potência e não necessariamente em ato. O que se entende hoje é praticamente a mesma coisa. Virtual é aquilo que existe apenas em potência ou como faculdade, sem nenhum efeito real, mas que pode vir a ser, existir, acontecer ou praticar-se; possível, factível.

Já o termo ciberespaço foi criado pelo escritor de ficção ciêntifica Willian Gibson, em seu livro Neuromancer (1984) que antecipou a internet ainda na década de 70. Conforme as tecnologias da informação e comunicação foram sendo desenvolvidas, o conceito de ciberespaço foi se ampliando. Hoje é visto como um tipo de campo que viabiliza uma infinidade de possibilidades de interação. Com isso temos o advento da Cibercultura que no entendimento de Pierre Levy é “um conjunto de técnicas materiais e intelectuais, de práticas, de atitudes, de modo de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço”.


ASSISTA a entrevista do Pierre Lévy no programa Roda Viva em| 08/01/2001


VEJA TAMBÉM o documentário: As Formas do Saber - Pierre Lévy

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Pierre LoganFormando em direito com inclinações filosóficas e licenciando em filosofia. Foi líder da banda Estado Mental, gravou com esta banda o disco “A separação dos tempos” (2010). Atualmente, em sua carreira solo, lançou o disco Pierre Logan: Crônicas de um mundo moderno (2015), cuja proposta (rock filosófico) o deixou na vanguarda dos roqueiros mais promissores da nova leva da cena independente. Atualmente mora em São Paulo e também é colunista do jornal SP em notícias, publicou vários artigos sobre política e filosofia. Mais informações acesse o site oficial 



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